Sermão do Monte – 1
Vendo Jesus as multidões, subiu ao monte, e, como se
assentasse, aproximaram-se os seus discípulos; e ele passou a ensiná-los, dizendo:
Mateus 1:1-2
O sermão do monte ou sermão da montanha é o primeiro compêndio de discursos de Jesus. Ele é a carta magna do reino dos céus. Ele está apresentando o código moral e ético para quem quer fazer parte deste reino.
Pra quem se dirigi o sermão do monte? Jesus está falando
primeiramente à seus discípulos! Mateus
enfatiza que Jesus viu as multidões, mas quem aproximou-se de Jesus foram seus
discípulos. Porém, Jesus queria que a multidão também ouvisse o quem Ele tinha
a dizer, por isso Ele abriu sua boca, ou seja, falou em voz alta para que todos
pudessem ouvi-lo. Logo podemos afirmar que a intenção de Jesus era fazer com
que todos ouvissem/soubessem o que Jesus espera de todos aqueles que estão
dispostos a segui-lo. Mas e a multidão? No final do sermão a multidão está “chocada”
com o ensino de Jesus. Por que? Porque Ele ensinava como quem tem autoridade e
não como os escribas. Isso é chocante. É uma comparação assustadora! O povo
está notando que Jesus tem autoridade e o que confere essa autoridade é o fato
de Jesus viver seu sermão na íntegra antes de lança-lo ao povo. Bem diferente
dos escribas, que vivem uma coisa e pregam outra ao povo. Hipócritas que usam
máscaras e encenam de acordo com a situação.
O “ensino” se dirige aos discípulos. Dessa forma o sermão
do monte se torna uma doutrina para os seguidores de Jesus. Ele está dizendo
exatamente como devem andar seus seguidores na nova vida de fé. Eles precisam
andar dentro das regras que Jesus apresenta a partir de agora. A doutrina do monte
não pode ser colocada sobre um não-cristão: é pesado demais. Não somente para o
não-cristão, mas para o discipulando se torna pesado cumprir as exigências de
Jesus a partir de si mesmo. Mas por que Jesus faz isso então? Todas as
religiões do mundo impõem suas regras dentro de esferas humanamente
praticáveis, mas as exigências de Jesus me mostram que não posso a partir de
mim mesmo cumprir os mandamentos Dele. Não podemos e não somos nada sem Ele. Não
sou mais eu quem comando, mas a partir de agora me deixarei comandar por Ele. Somente
dessa forma o Reino de deus, cujo Rei é Jesus, pode ser sentido agora por todos
aqueles cujos valores e práticas estão de acordo com a realidade espiritual
colocada por Jesus.