O pecado de Edom*
O
pecado de Edom (Amós 1:11-12)
Edom
era um reino estabelecido antes mesmo da constituição da monarquia em Israel.
Um reino rico em recursos minerais, que ficava próximo ao golfo de Áquaba. Eles
eram os descendentes de Esaú, irmão de Jacó. Os relatos nos mostram que este
ódio entre os dois irmãos ainda estava vivo e cada oportunidade de vingança era
comemorada com muita assolação. Não bastasse a receptação do comércio de
escravos já relatada em outros textos sobre os pecados das nações, os edomitas
mantinham a ira e a vingança contra Israel vivos a cada dia. Edom não persegue
um estranho, mas um irmão. Como diria Paulo Brabo, irmãos são estranhos que se
amam, e não há nada mais perigoso do que isso; são estranhos que conhecem a
história um do outro e isso é muito inconveniente. A briga entre “Jacó e Esaú”
ainda está viva hoje. Irmãos que perseguem irmãos. Que perseguem-se mutuamente
de forma brutal e agressiva, sem usar de qualquer misericórdia. Um ódio
irracional que usa o fio da espada para demonstrar todo seu furor. Um pecado
monstruoso. Uma ira insaciável. Dentre os grandes problemas que vejo, um deles
é de gravidade extrema: o fato de que onde não se oferece perdão, não se recebe
perdão. Somente os que perdoam podem ser perdoados. Ainda hoje a regra é a
mesma. Oramos em nossas refeições diárias, ou logo que acordamos ou antes de
dormir, ou a qualquer momento que temos desejo de orar, para que o reino de
Deus esteja entre nós e que não nos falte o pão de cada dia, que Deus nos livre
do mal, mas nem sempre praticamos a última parte dessa bela oração que pede
para Deus perdão de nossos pecados assim como nós perdoamos aos que nos
ofendem. Queremos o perdão de Deus, mas nem sempre queremos perdoar. Se existe
algo que me impossibilita de comunhão íntima com Deus é a falta de perdão ao
meu próximo. A falta de perdão cria uma barreira insuperável a não ser pela
liberação de perdão. O perdão quebra essas barreiras, despedaça o ódio e
reativa a comunhão, com o próximo e com Deus. Perdoe para ser abençoado! E o
juízo de Deus? Aconteceu porque não houve mudança de atitude. Deus fez cair as
cidades fortificadas dos edomitas na fendas das rochas, destruiu seus grande
castelos e entregou o povo nas mãos dos inimigos.
Boaz Alberto
*Este é o terceiro texto de seis textos que estarei postando sobre os pecados das nações pagãs tendo como base o livro do profeta Amós. Quero simplesmente trazer à luz de nosso contexto a gravidade das más ações destas nações e o julgamento de Deus sobre elas.
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