Pai Nosso - verso 11


O pão nosso de cada dia nos dá hoje; Mateus 6:11


(Continuação. 05/11 – verso 9; 07/11 – verso 10; hoje o verso 11.)
      O que pra muitos tem se tornado a grande tônica de sua oração, pra Jesus ocupa um pequeno mas importante lugar em sua oração, ou seja, ela tem seu lugar, mas com ênfase correta. Notadamente, a grande maioria dos seres humanos é materialista. Isso se deve muito à herança nos deixada pelas muitas gerações que se passaram e agora em grau acentuado, estamos notando uma busca muito grande pelo material. Jesus coloca em sua ordem de “petições”, em primeiro lugar as necessidades relativas ao reino de Deus e nossa comunhão com Ele. Depois ele faz uma petição relativa as coisas materiais. Sua oração é um pedido que demonstra a total dependência de Deus. Ele não pede mais do que o necessário para manutenção da vida.
Agur nos ensina algo muito importante em seu provérbio: Duas coisas te pedi; não mas negues, antes que morra: Afasta de mim a vaidade e a palavra mentirosa; não me dês nem a pobreza nem a riqueza; mantém-me do pão da minha porção de costume; Para que, porventura, estando farto não te negue, e venha a dizer: Quem é o Senhor? ou que, empobrecendo, não venha a furtar, e tome o nome de Deus em vão”. Pv 30:7-9. O que vemos é um homem “sábio” notando que uma coisa é necessária: “ter o suficiente para se viver de modo digno diante de Deus e glorifica-lo nisso. Isso se torna como uma afronta diante do modo de vida ditado pelo hedonismo predominante em nosso tempo. Alguns fazem apologia à pobreza enquanto outros pregam a teologia da prosperidade, mas graças a Deus que nos deixa a Sua palavra, mostrando que a dependência de Deus é suficiente para nos garantir a manutenção da vida. Jesus está pedindo a Deus o pão de cada dia e não o pão para uma semana/mês/ano inteiro. O que Ele está dizendo é que o Reino de   Deus não consiste em comida ou bebida, mas existem outras prioridades para os “servos” deste reino. Paulo aconselha Timóteo da seguinte forma: Porque nada trouxemos para este mundo, e manifesto é que nada podemos levar dele. Tendo, porém, sustento, e com que nos cobrirmos, estejamos com isso contentes”. 1Tm 6:7-8.
      Outro detalhe do pedido por “pão” mostra-nos toda ausência de luxo e ânsia pelo consumo. A oração de Jesus ensinada à seus seguidores nos orienta a pedirmos coisas simples e a controlar nossos desejos. Essa oração pode ser encaixada perfeitamente dentro de Mateus 4: 1-4 quando Jesus está sendo tentado pelo diabo, depois de 40 dias de jejum e agora fadigado, a transformar pedras em pães para suprir sua necessidade física. O que está em jogo no momento é o simples fato de Jesus usar o poder a Ele delegado (Ele é Deus) para simplesmente transformar pedras em pães (fazer um milagre em prol de si mesmo) para satisfazer seu desejo momentâneo e provar que é realmente Filho de Deus. Ainda hoje, esta proposta está afetando muitos “filhos de Deus” que não sentem mais o desejo de depender de Deus e que não lembram mais que não é somente de pão que o homem vai viver mas de toda Palavra que sai da boca de Deus. Em outros termos, Deus pode nos saciar a fome de pão a qualquer momento se quiser e por isso não precisamos usar o fato de sermos “filhos de Deus” para benefício próprio ou para provarmos que somos realmente filhos de Deus transformando pedras em pães. Isso é correr na contra mão de uma sociedade que vive transformando pedras em pães. O mundo está cheio de Homens que usam o Evangelho para determinar (de forma equivocada) que nasceram para o sucesso ou para serem prósperos (obs.: prosperidade à luz da Palavra é sempre satisfazer os desejos de Deus e não os meus).

      Durante 40 anos o povo de Israel é mantido por Deus com maná em meio ao deserto. E não se podia guardar o maná de um dia para o outro (exceto no sábado) senão ele estragaria apodrecendo. Isso tudo porque Deus mandava maná logo cedo no outro dia novamente. Deus estava provando com isso que quer um povo dependente Dele em qualquer situação. Isso nos apresenta um Deus que se importa conosco, quer que estejamos totalmente debaixo de seus cuidados e que estabelece outras prioridades em nossa vida ante ficarmos ricos ou fartos de bens materiais. Atente para o conselho de Paulo: Portanto, se já ressuscitastes com Cristo, buscai as coisas que são de cima, onde Cristo está assentado à destra de Deus. Pensai nas coisas que são de cima, e não nas que são da terra” – Cl 3:1-2


Até o verso 12

Boaz Alberto

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