O Evangelho e a TV



 Graças a Deus o evangelho obteve seu espaço nas programações televisivas de nosso país (Brasil). Não aguentava mais passar os canais de TV e ter somente pessoas “pagãs” nos programas apresentados pelas emissoras. Fica somente a pergunta: a Igreja Evangélica assimilou a TV ou foi assimilado por ela?¹ Será que estamos usando a TV para evangelismo ou marketing gospel. Não é nada corriqueiro ligarmos a TV e encontrarmos programas que evangelizam e que apresentam um evangelho que transforma (o discurso pelo menos é esse). Mas menos corriqueiro ainda é vermos os “fabricantes” destes programas promovendo seus artistas com uma estratégia de marketing de causar inveja a qualquer “Duda Mendonça”. Pra mim que sou evangélico desde berço, quase nem noto essas coisas... até já me acostumei. Mas e o telespectador não-evangélico? Sabe diferenciar o discurso evangelístico do marketing? O que mais é interessante é que se tornou comum aparecerem evangélicos por todo canto e de todo jeito. Está se tornando comum, por exemplo, ligarmos em algum programa de auditório (programas com dançarinas ao fundo, com brincadeiras de mulheres semi-nuas dentro de piscinas, participação de grupos de pagode... você sabe como esses programas funcionam) um(a) evangélico(a) participando. Eles vem com aquele discurso muito bonito: “Agora sim, sou feliz. Em jesus encontrei minha felicidade”. Coisas desse tipo. Interessante é a parceria que a TV conseguiu com muito sucesso (sucesso porque existe público consumidor interessado): programa de auditório (sensacionalismo+sexo+evangelho). Que mistura surpreendente. O mercado dita as regras do jogo. Precisamos atender ao público evangélico crescente dentro de nossa nação. Que público evangélico hein! Assustador!  O que incomoda em ver a Carla Perez sambando em um programa de rede nacional ao som de um samba gospel? Você é muito radical! A igreja precisa se contextualizar. Vivemos em outro evangelho. Cai na real e deixa de ser careta! Quando ouço falar de programas que exibem tais cenas de personalidades ditas evangélicas (não sei onde), fico pensando no que a TV tem ajudado (?) o protestantismo dentro de nosso país. Esse fenômeno que se desenvolveu na mistura TV+evangelho, tem muitos nomes: contextualização, aculturação, sincretismo, mundanização, mas fico com a definição de Gedeon Alencar: carlaperenização da cultura brasileira. Pra finalizar, um conselho pra você que é cristão: vai lê um bom livro, a Bíblia...

¹ Alencar, Gedeon, Protestantismo Tupiniquim, pg 74

Boaz Alberto

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